reportagem especial

VÍDEO: com famílias e terras fragilizadas pela estiagem, o desafio é produzir e preservar

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Foto: Pedro Piegas (Diário)

A literatura brasileira descreveu a seca. Mas não nos ensinou a enfrentá-la. Quando Graciliano Ramos citou as planícies avermelhadas, o vento morno e empoeirado, o chão rachado e o sol "chupando os poços" falava sobre o semiárido nordestino. Mas se hoje Fabiano, a cachorra Baleia e toda a família peregrinassem pelos pagos gaúchos, encontrariam muito disso por aqui. O fato é que oito décadas depois do aclamado romance, as "Vidas Secas" ganharam novos contornos, personagens diferentes e até outro território. Na literatura ou na vida real, o fato é que a seca deixa marcas profundas.

Cinco meses de chuvas escassas no Rio Grande do Sul já resultaram em prejuízo de R$ 4 bilhões em soja, milho, arroz e feijão nos municípios da Região Central. A cifra ainda deve aumentar até o fim da safra de grãos. Só na soja, principal cultura agrícola da região, as perdas médias já chegam a 45% em relação à produção esperada, conforme a Emater. Em algumas propriedades, no entanto, o dano é muito maior, com plantações inteiras perdidas. Para além disso, a falta de chuva já causa desabastecimento e racionamento de água potável para consumo e aumento de incêndios em vegetação e matas.

Dadas as estimativas bilionárias de prejuízos, há quem já considere esta a pior estiagem na história da agricultura gaúcha. O governo do Estado avalia que este é o período mais severo em 70 anos. No setor agrícola, a área plantada, especialmente de soja, cresceu exponencialmente nos últimos anos, e o impacto da estiagem será diretamente proporcional.

- Do ponto de vista econômico, desde que se teve o primeiro relato de plantação de soja em 1914, na cidade de Santa Rosa, temos a pior perda de produtividade da história. Só na Região Central, são 1 milhão de hectares plantados, muito disso perdido, em muitas lavouras não tem mais o que fazer. Em outras épocas, já se sentia prejuízos econômicos causados pela seca, mas nunca tão intensos, porque nunca antes se plantou tanto - explica o professor de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Alencar Zanon.

Incêndios em vegetação chegam ao terceiro dia em Rosário do Sul

Medições meteorológicas são feitas desde 1912 no Rio Grande do Sul. De lá para cá, foram identificadas épocas de estiagem por dezenas de vezes. O mais recente foi entre 2019 e 2020. Secas, em número menor. O que diferencia os dois termos é o período da falta de chuva. A estiagem é mais curta. A seca é caracterizada por meses de nenhuma ou pouca chuva. O que também define a seca é a perda. São as alterações sociais e econômicas que a falta de chuva acarreta. Quando as plantas morrem, quando tem racionamento, falta água e comida para os animais, e isso, de fato, impacta a vida da sociedade, temos seca.

MINIMIZAR IMPACTOS
Em relação à chuva, não há muito o que fazer. Mas, o que é feito para enfrentar a seca e, ao menos, tentar minimizar os impactos, no Estado que é banhado pelo mar e cortado por dezenas de rios? Nesta reportagem especial, mostramos alternativas que podem ajudar a amenizar prejuízos na produção agrícola, opções de plantações sustentáveis e rentáveis, projeto de proteção de nascentes que garante água potável na zona rural e, ainda, as ações em Santa Maria para atender os produtores fragilizados e tentar evitar impactos da estiagem no futuro. 

PERDAS NA REGIÃO CENTRAL

  • Soja - 45%
  • Milho - 70%
  • Arroz - 25%
  • Prejuízo em valores - R$ 4 bilhões

* Dados da Emater referentes a 35 cidades da região de Santa Maria. Estimativas são uma média, há variação de lavoura para lavoura

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Foto: Eduardo Ramos (Diário)
Mesmo investindo em um sistema para irrigar a terra, sem chuvas, a produção do agricultor João Garlet agoniza. De 11 hectares de arrozal, 4 já foram perdidos.

Irrigação traz alívio, mas a água também já falta

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Os morros de florestas verdes contrastam com a secura das plantações. Na Linha Trombudo, interior de Dona Francisca, a vista para o alto encanta. As colinas de mata nativa rodeiam toda a extensão da estrada. Mas é só baixar os olhos novamente que a realidade é outra, muito mais dura: lavouras amareladas, com plantas pequenas e solo arenoso.

Nas três décadas em que vive na localidade, João Garlet (foto ao lado), 61 anos, nunca viu nada parecido. A maior parte da renda da família do agricultor vem do cultivo do arroz e da soja. A safra, porém, já está comprometida. Até no arroz, onde há irrigação, boa parte da produção será perdida. Isso porque a água que irriga a lavoura vem de dois arroios que passam pela propriedade. Um deles já secou, e o outro está com nível crítico.

- Nunca aconteceu de o arroio secar completamente, como agora. Investimos no sistema de irrigação, mas falta água - desabafa o agricultor, que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Dona Francisca.

Sem água para irrigar todos os 11 hectares do arrozal, a saída foi abandonar uma área de 4 hectares para tentar salvar o restante. De soja, são 70 hectares plantados. A produção não deve nem cobrir os custos, uma vez que insumos, adubos e o próprio óleo diesel do maquinário tiveram aumento de preço em relação à última safra.

- Uma parte do soja ainda temos esperança de colher, na área que foi plantada mais tarde. O que plantamos cedo foi perdido. Ano passado, que foi uma safra ótima, foram 4 mil sacas colhidas. Esse ano, se chegar a 1,5 mil, é lucro - diz, ainda esperançoso, o produtor. 


É necessário planejamento para enfrentar a estiagem
Em 2020, também houve um período de estiagem que comprometeu mais de 50% da safra de verão. Desde então, conforme o professor de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Alencar Zanon, a procura dos agricultores por irrigação aumentou. No entanto, aqueles agricultores que dependem da água retirada de pequenos rios ou açudes, em geral, enfrentam dificuldades.

- Tem sido comum nesta estiagem o agricultor ter que abandonar parte da produção para salvar o restante. Hoje, 100% da área de arroz no Rio Grande do Sul é irrigada. Mas, se falando em soja e milho, é apenas 5% a 10%. A partir de estudos, teríamos sim recursos hídricos para aumentar de forma sustentável essa área irrigada, porque temos muitas bacias hidrográficas - informa.

Construir um sistema de irrigação, no entanto, requer um investimento considerável e também planejamento, para que o produtor aproveite o período de chuvas abundantes para armazenar a água em açudes e barragens.

Há, também, outras medidas que ajudam a amenizar os impactos da estiagem na agricultura. A rotação de cultura nas lavouras é uma delas. A partir disso, é possível construir um perfil de solo que atue como uma "esponja" para reter água.

- São plantas de cobertura, como azevém e aveia. Devem ser plantados depois que se colhe as culturas de verão, no inverno. Essas plantas vão fixar carbono e produzem matéria orgânica, que ajuda a reter mais água e por mais tempo em período de deficiência hídrica. Essas medidas devem ser pensadas antes da estiagem. Porque quando já há falta de chuva, não há muito o que fazer - analisa Zanon.

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Foto: Eduardo Ramos (Diário)
Foi da nascente encontrada dentro da propriedade que vive, no alto de um morro, em Dona Francisca, que o agricultor Arnildo Fantinel (ao centro) garantiu a água de qualidade para ele e cerca de 40 famílias vizinhas

Água potável e fresca para quem preserva as nascentes

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">A estiagem que assola o Rio Grande do Sul reduziu não só a oferta de água para as plantações, mas também para o consumo da população, especialmente na zona rural. Nos 39 municípios da Região Central, a dificuldade é a mesma. São poços e reservatórios secos, que já deixam 3,5 mil famílias sem acesso à água potável.

Para solucionar o problema, existem projetos que há quase 30 anos servem de exemplo e garantem que não falte água potável e fresca na casa dos agricultores.

A busca por resolver de forma definitiva o problema da falta d'água fez o agricultor Arnildo Fantinel (foto ao lado), 69 anos, encontrar uma nascente dentro da propriedade há 27 anos. Desde então, o morador da Linha do Moinho, interior de Dona Francisca, nunca mais teve desabastecimento por causa da estiagem. Antes, era comum ver as torneiras secas.

- Foi a maior alegria que tive - define Arnildo, sobre o dia que encontrou a vertente.


E não foi fácil chegar até a nascente d'água. Arnildo, acompanhado do extensionista da Emater Dorli Barrichello e outros dois agricultores, percorreu todo o curso de um córrego. No final, quase desistiram de encontrar o vertedouro, mas ouviram o barulho da água bem no alto de um pequeno morro. Construir uma estrutura de preservação no local, que é íngreme, de mata fechada e difícil acesso, foi um desafio.

- Abrimos caminho com foice. Os materiais, como cimento, pedra, areia e tijolos trouxemos de carroça, porque não tínhamos maquinário naquela época. Depois, trouxemos tudo "no braço" aqui para cima, assim como a caixa d'água - explica Arnildo.

A estrutura de proteção consiste em uma pequena obra no entorno da nascente. Essa construção impede que insetos e outros animais tenham acesso à fonte. Também é a partir deste suporte que é colocada uma canalização, que leva o líquido até uma caixa d'água com capacidade de 10 mil litros, que fica a poucos metros de distância. A partir da caixa, a água é distribuída a cerca de 40 famílias.

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Foto: Eduardo Ramos (Diário)
Leonir José Esperidião tem água da nascente nas torneiras de casa

NO QUINTAL
Já o produtor rural Leonir José Esperidião, 55 anos, nem precisou ir longe para encontrar a nascente, que está no quintal de casa, também na Linha do Moinho. Lá, foi montada uma estrutura de proteção. O agricultor precisou procurar a vertente quando iniciou o tratamento contra leucemia, quando precisou consumir água de qualidade e sem tratamentos químicos.

- Hoje é uma maravilha para nós. É uma vertente boa, tem água direto. Antes, tinha que ir de balde pegar na vizinha - conta Leonir. 

Água passa por estudos para comprovar qualidade

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Em Dona Francisca, desde 1993, um programa de proteção de nascentes beneficia 270 famílias. Um total de 90 vertentes já foram localizadas e preservadas com a construção de estruturas que impedem a contaminação da água. Proteger as fontes d'água é essencial para garantir a qualidade e não deixar que a nascente seque. O projeto é da Emater em parceria com a prefeitura.

- Vimos uma necessidade de resolver o problema da falta d'água e, mais do que isso, oferecer uma água de qualidade para o nosso agricultor. Todas as nascentes passam por estudos para comprovar que a água é potável. Há coletas de exames todo mês. Além da estrutura construída para proteger, há preservação de mata e vegetação próximas das vertentes. Nesses locais, também não há lavouras no entorno, para impedir a contaminação - explica o extensionista da Emater, Dorli Barrichello.

Em Dona Francisca, com 3 mil habitantes, há 20 famílias que dependem, atualmente, de entrega de água em caminhão-pipa. São famílias que, em geral, vivem em áreas de morro, onde há dificuldade para canalização da água e que eram abastecidas de poços não muito profundos, que secaram com a estiagem.

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Foto: Pedro Piegas (Diário)
Fábio Forgiarini mostra, orgulhoso, o abacaxi que brota na agrofloresta

Conservar e produzir, a agrofloresta para minimizar impactos

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">No sítio do extensionista da Emater, Fábio Forgiarini, as árvores frutíferas dividem a mesma área com hortaliças, legumes, chás e até um apiário. São mais de mil plantas diferentes em menos de um hectare, na Linha das Flores, zona rural de Agudo. Esse sistema de produção é chamado de agrofloresta e se mostra eficaz em períodos de estiagem, como agora. Lá, tudo segue verde, úmido, fresco e, principalmente, produzindo.

De forma prática, a vegetação nativa é preservada e não é necessário derrubar árvores para abrir espaço para plantações. Pelo contrário, as árvores têm papel fundamental no sistema: elas ajudam na retenção de água, na regulação da temperatura e as folhas viram matéria orgânica, que também ajuda na retenção de líquido.

- Enquanto vemos lavouras morrendo, plantas secando, aqui, a vegetação permanece resiliente. Não existe uma competição entre as plantas, elas cooperam entre si, trocando nutrientes. Quanto mais cobertura de vegetação há no solo, mais água fica retida e menor é o impacto da seca. E a temperatura também permanece mais amena - explica Forgiarini, que começou a plantação há cinco anos.


Forgiarini vende bananas, mel, maracujá e já começou a produzir xaropes. Nada parou de crescer e o impacto do período sem chuvas foi pouco, porque há umidade conservada na terra. As agroflorestas são uma alternativa de produção sustentável e rentável para a agricultura familiar, mas os resultados são colhidos, de fato, a longo prazo.

- A ideia é semear logo algumas plantas que deem resultado imediato, para que seja possível ter um retorno e depois diversificar a produção. A longo prazo, é muito mais rentável, porque os custos são baixos, não precisa de adubos, que dispararam de preços. A produtividade também costuma ser maior do que no método considerado convencional. Sem falar que é tudo orgânico. Quando se faz o balanço, é possível ver que é rentável - analisa o extensionista da Emater.

Forgiarini também construiu uma casa bem no meio da agrofloresta. A construção é de pau a pique, com paredes de madeira cobertas por barro. No telhado, há mais plantas, que ajudam a manter a temperatura agradável. 

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Foto: Pedro Piegas (Diário)
Por meio do sistema de produção chamado agrofloresta, Fábio não usa adubos e cultiva árvores frutíferas, hortaliças e legumes na mesma área. Ele também construiu uma casa ecológica

Um cartão-postal para inspirar e servir de exemplo
O empresário Everaldo Friedrich, 51 anos, comprou uma área de terra às margens da ERS-348, próximo da entrada do município de Agudo. Lá, começou a cultivar uma agrofloresta. O objetivo é tornar o local um cartão-postal e servir de exemplo aos conterrâneos.

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">- A ideia é ajudar e fazer alguma coisa pela natureza. Como aqui foi o lugar que eu nasci, aqui eu quis voltar. Nós iniciamos há seis meses, e os resultados estão vindo rapidamente. Já colhemos abóboras, frutas e hortaliças. É gratificante ver que está bonito - considera o empresário, que conta com a orientação de Forgiarini no processo.

O espaço deverá virar ponto de visitação da comunidade e escolas nos próximos anos. Além da subsistência, o excedente produzido será comercializado. O primeiro passo foi a plantação dos chamados núcleos. Para isso, as bananeiras têm papel fundamental, pois retém muita água, reciclam nutrientes e criam uma espécie de placenta para as outras plantas no entorno, como o feijão, por exemplo.

ESTRATÉGIA ALIMENTAR
Por se tratar de uma produção orgânica, os sistemas agroflorestais também garantem uma segurança alimentar aos produtores familiares. A estudante de doutorado em Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Jéssica Croda pesquisa quintais agroflorestais no Rio Grande do Sul. São, em termos gerais, propriedades pequenas, em que há agroflorestas ao redor das residências, onde é possível produzir muitos alimentos em pouco espaço.

- Não existe uma regra ou modelo pronto. Costumamos dizer que a agrofloresta tem a cara do dono. É possível ter árvores frutíferas, junto de ervas medicinais, hortaliças, e produtos como milho, feijão, mandioca? O grande ponto é a cobertura do solo, que exposto é como uma ferida aberta, vai secando rápido, não cria umidade. Com a biodiversidade, a umidade fica protegida e a matéria orgânica vai adubando a produção - destaca a pesquisadora.

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Foto: Marcelo Oliveira (Diário)

Em Santa Maria, ações emergenciais levam água às famílias

Assim como os outros 407 municípios gaúchos que já decretaram situação de emergência, Santa Maria não estava preparada para enfrentar a estiagem. Mas, a ordem agora é promover ações emergenciais que amenizem o problema de imediato, mas que também fiquem de legado para outros períodos de seca. Além da entrega de água em caminhão-pipa, que já ocorre o ano inteiro, mas se intensificou no verão, há dois programas em curso: um deles realiza a abertura de microaçudes e outro faz a entrega gratuita de caixas d'água.

O primeiro ocorre desde janeiro. Os agricultores se inscrevem junto à prefeitura e recebem horas/máquinas de graça para os trabalhos, além dos materiais necessários. Além de servirem como bebedouros para os animais, os açudes também são fontes para regar hortaliças e pequenas plantações. Os reservatórios novos são revestidos com uma camada de lona. A técnica é para que a água fique acumulada por mais tempo e não infiltre no solo.

- Essa ação deve ficar de legado. Queremos incentivar essa cultura do consumo consciente e também da reservação, juntar água nos períodos de chuva para que não falte no verão. Até porque o lençol freático, os poços também já foram afetados - afirma o chefe de gabinete do prefeito, Alexandre Lima, que coordena as ações de enfrentamento à estiagem.


Nesta semana, a novidade foi a distribuição de caixas d'água para armazenamento de água potável. No total, 49 reservatórios foram comprados pela prefeitura e são entregues a famílias em vulnerabilidade social, a partir de análise de uma assistente social.

- A curto prazo, as ações emergenciais são para que não falte água para consumo humano e animal. Mas a entrega dos reservatórios e a abertura dos açudes devem ajudar também a longo prazo. A comunidade como um todo ainda vai colher os impactos da estiagem por muito tempo na nossa agricultura, com falta de alimentos, aumento de preços e dificuldades financeiras para os produtores de agricultura familiar - analisa Lima.

A prefeitura conta com um caminhão-pipa da Defesa Civil, outro do Exército e ainda investiu mais de R$ 100 mil com uma empresa terceirizada para realizar a entrega de água na zona rural. São aguardados repasses estaduais e federais para o enfrentamento do período - até agora, nenhum centavo chegou. O Executivo também pleiteia recursos de emendas parlamentares para compra de caixas d'água de maior capacidade. Outra medida, que deve ser concretizada em breve, é a extensão da rede d'água da Corsan até o Distrito de Santo Antão, o que vai garantir água encanada por lá.

Ainda não há, no entanto, ações referentes à proteção de nascentes ou fontes d'água. Uma reunião entre prefeitura e outros órgãos deve definir iniciativas para preservar a bacia do Rio Vacacaí. 

Entrega de água traz esperança

style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Moradora há 22 anos do Distrito de Arroio Grande, Fabiana da Rosa Silva (foto ao lado), de 42 anos, olha com alívio a chegada de um novo reservatório d'água. Agora, ela vai conseguir armazenar uma maior quantidade de água, e por mais tempo. Antes, quando a Defesa Civil chegava, tudo precisava ser acumulado em galões e até baldes. Só na casa dela, 12 pessoas dependem dessa ajuda.

-Antes faltava água sempre, mas agora é suficiente. Nunca antes vi uma estiagem e um calor tão forte. A água se vai muito rápido. A gente tenta plantar, mas nada cresce. Minha horta secou toda - lamenta a doméstica.

Na localidade de Arroio dos Veados II, onde vive Fabiana, foram entregues quatro caixas d'água. Lá moram 48 pessoas, sendo 23 crianças.

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